Carinho combate dificuldade de orgasmo entre as mulheres
- Imprensa
- 29 de set. de 2010
- 2 min de leitura
Publicado no Aquidauana News, 29.09.10

Imagem: George Rudy em istock
A satisfação sexual, em se tratando das mulheres, não começa pelo corpo. Apoio, atenção e carinho têm forte apelo erótico e agem no combate às dores vaginais sentias durante o sexo, comprova um estudo que acaba de ser publicado no The Journal of Sexual Medicine.
Os gestos carinhosos diminuem a ansiedade e, como efeito direto, tornam a relação sexual mais prazerosa. Para chegar a esta conclusão, a equipe de cientistas acompanhou 191 vítimas de vestibulodinia provocada (PVD), mal comum a 12% das mulheres na fase pré-menopausa e que tem como sintomas a diminuição do desejo sexual, a dificuldade em obter orgasmos, dor e queimação no canal vaginal.
A partir da aplicação de questionários, os especialistas identificaram o problema e sugeriram a adoção de medidas para minimizarem os desconfortos - sempre descartando a ação de medicamentos.
Os casais foram incentivados a criar variações durante a atividade sexual, aumentando as carícias e a proximidade, evitando a penetração nas situações em que ela se tornasse fonte de tensão. As orientações renderam diminuição do estresse e melhora nas relações sexuais entre as participantes do estudo. Discutindo a relação O PVD, assim como outras disfunções de natureza sexual, pode ser motivo de constrangimento, causando brigas e o afastamento do casal. Falar claramente sobre o assunto e buscar ajuda de um ginecologista ou de um urologista, no caso dos homens.
O especialista vai tratar a origem orgânica do desconforto, enquanto um terapeuta pode contribuir no alívio das pressões emocionais que este tipo de fragilidade provoca.
"A terapia de casal foca prioritariamente a relação, em vez de aprofundar em questões internas de cada um separadamente", explica a psicoterapeuta Marina Vasconcellos, especialista do Minha Vida. Tome a iniciativa: sugira ao seu parceiro ou parceira ao menos uma sessão de terapia em conjunto. Às vezes, ambos sentem a necessidade, mas falta a coragem para propor o tratamento. "Alguns parceiros têm receio de que o convite possa ser entendido como uma espécie de ofensa", afirma Marina.
A especialista reforça que resolver logo esses pequenos conflitos é a melhor forma de evitar que eles prejudiquem ou até encerrem um relacionamento. "Se forem trabalhados cedo, esses dilemas podem até fortalecer a relação.
Do contrário, há risco de que nenhuma solução amigável seja encontrada".
Abra o jogo: pare de acumular pequenas insatisfações. "A falta de diálogo deteriora as relações. O mesmo acontece quando você entende mal o que o outro diz e não se esforça para desfazer interpretações distorcidas. São duas posturas corriqueiras e que geram muitas e desgastantes brigas", afirma a psicoterapeuta. "Além de saber falar, precisamos aprender a ouvir o outro". Respeite a individualidade: mesmo numa terapia de casal, a individualidade deve ser respeitada.
"Para haver uma relação, duas histórias de vida distintas precisam se unir. Nos pontos em que essas diferenças estiverem prejudicando a relacionamento, o terapeuta age", diz Marina. Autoreflexão: além de avaliar o papel do outro na sua vida, analise os seus objetivos quanto ao relacionamento. Isso ajuda a desfazer idealizações e interrompe ciclos de cobranças.
"Muitos casais se desfazem porque um dos cônjuges percebe que estava, simplesmente, buscando no outro o que ele gostaria de ter ou de ser. Quando esta descoberta acontece, o relacionamento perde o sentido", explica a profissional.
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