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'Ele foi até meu padrinho de casamento': mulheres falam de amizade com o ex

Publicado no site UOL/Universa-Relacionamentos, 08.08.22 Por: Rafaela Polo


Enquanto algumas pessoas terminam e não querem nunca mais ouvir falar o nome da antiga parceria, algumas mulheres mantêm amizades com fortes vínculos com aqueles que fizeram parte de suas vidas por anos.


"Tem como manter relacionamentos com ex-namorados de forma saudável. Caso a relação chegue ao fim de forma resolvida, é tranquilo. O que precisa é o sentimento estar resolvido, não ter sobrado nada", diz a psicóloga e Terapeuta Familiar pela PUC-SP e Terapeuta Familiar e de Casal pela UNIFESP, Marina Vasconcellos. Contanto que o casal tenha respeito um pelo outro e entenda os limites de onde pode chegar essa relação, tudo dá certo, segundo a especialista.


Mas, claro, você não precisa seguir próxima de todos seus antigos namorados. "Das pessoas narcisistas e tóxicas, a melhor coisa que se pode fazer após o término é manter distância", diz Marina.


A designer gráfica Flávia Castro e a empreendedora Stefanie Paranhos, 34 anos, deram sorte de terem namoro com pessoas que continuam a acrescentar em suas vidas. Elas contam tudo para Universa a seguir.


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"O Raphael foi meu primeiro namorado, e eu a dele. Nos conhecemos em um evento do colégio, aos 17 anos. Teve aquela coisa de amor platônico por um tempo, de eu ficar esperando ele passar em frente a escola com as amigas e tudo. Acabamos nos conhecendo por amigos em comum e combinamos de ir em uma boate que tocava rock, pois ambos adoravam o ritmo.

Namoramos por três anos e tornei muito próxima da mãe dele, que chamo até hoje de Tia Andreia.


Antes de ele entrar na universidade, Raphael terminou comigo. Fiquei muito mal. Precisei ir para a terapia, por não conseguir lidar bem com o fim da relação. Me aproximei mais ainda de sua mãe, pois era uma forma de me sentir perto dele. Ele começou um novo relacionamento e se eu o encontrasse com a namorada ficava tão mal que vomitava. Só consegui voltar a me relacionar depois de um ano do término. O contato com a mãe dele nunca terminou, seguimos muito próximas.


Dez anos após nosso término, nos encontramos em um show, no qual estava com algumas amigas e uma galera de amigos que temos em comum. Nesse dia, voltamos a nos falar. Disse a ele que não tinha mais vontade de ficar com ele, que estava tudo certo. E depois de quebrar esse gelo, voltamos a nos encontrar. Ele ficou com algumas amigas, chegamos a dormir na mesma cama sem rolar nada. Ele se tornou um grande amigo mesmo. Temos uma ótima ligação de amizade.


Eu namorei firme por 13 anos e estávamos e seguimos próximos. Até com trabalhos nos ajudávamos. Eu até o inscrevi em concurso para jornalista que achei a cara dele. Fui eu também que dei a notícia que ele tinha passado.


Em 2010, ele se casou. Fui ao casamento e era muito próxima da esposa dele. No meu casamento, ele foi padrinho e a mãe dele minha madrinha. Temos uma amizade muito bacana. Nos chamamos de "vin", porque temos um vínculo muito grande", Flavia Castro, 44 anos, designer gráfica, Rio de Janeiro.


'Vou carregá-lo pelo resto da vida'

"Antes de sermos namorados, eu e Victhor éramos amigos. E quando terminamos, a amizade perdurou. Nós ficamos juntos por 10 anos. Nos conhecemos no primeiro ano da faculdade: eu fazia marketing e ele gestão ambiental, que são cursos bem diferentes. Mas onde estudamos, tinha o ciclo básico e no primeiro ano todos estudavam matérias em comum. Pegávamos a mesma van para ir a faculdade.


Por dois anos do nosso namoro, nós moramos juntos, dividindo apartamento com mais três pessoas. Mas isso não estava funcionando, porque nossos colegas eram um pouco folgados. Saí da casa e voltei para a da minha mãe, na intenção de dar um susto no Victhor. Queria mostrar que estava o colocando contra a parede, para ele se ligar que precisávamos de um lugar nosso. Mas ele é uma pessoa tão tranquila que esse susto nunca veio. Acabei ficando com a minha mãe, ele não veio atrás e o namoro chegou ao fim.


Minha mãe passou por um problemas nesse momento da nossa separação, ela estava cuidando de uma pessoa com câncer. E bem na época, descobri um tumor na hipófise. Não queria contar a ela antes de saber se era algo preocupante e, mesmo sem o relacionamento, foi Victhor que me apoiou nesse momento.


Nossa relação não foi 100% tranquila, teve briga e estresse. Eu era encrenqueira e ele muito sossegado. Nenhum término é tranquilo, teve dor e sofrimento, ainda mais da minha parte, que foi quem colocou um fim.


Depois dele não tive mais namoros, só alguns rolos, mas já fui almoçar com a namorada dele. Ele frequentava a minha casa quando vinha para São Paulo.


Ele vai morar na Europa com a namorada em breve e estamos fazendo vários rolês, mais do que antigamente. É uma pessoa que vou carregar pro resto da vida. Não existe um amor romântico entre nós, mas existe um amor e vai ficar pra sempre", Stefanie Paranhos, 34 anos, empreendedora na Vibre Mulher.

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